Vez ou outra um tal de sentimentalismo vem me visitar. Ele passou muito tempo viajando, sabe-se lá pra onde. Creio eu, já que não sou muito íntimo dele e daí a dúvida, que ele foi na casa da Silvia Maria, na vida de uma porção de pessoas e na minha faculdade. Não sei ao certo. Especulações à parte, o que é relevante mesmo é que ele está aqui. Tipo sombra. Furtivamente nos meus dias.
Talvez o sentimentalismo tivesse ido viajar por que eu o enxotei da minha vida. Há algum tempo cansei dele corroendo meus pensamentos e dissolvendo minhas barreiras. Dei um basta. Peguei a vassoura atrás da porta e dei com a piaçava na cara dele. Por motivos que eu desconheço, ou pelo menos finjo que desconheço, ele voltou. De mala e cuia.
O que sei menos ainda, foi como ele achou o caminho de volta. Meu coração não fica mais no mesmo endereço. Minhas experiências durante sua ausência ergueram cercas de arames farpados a espreita do seu retorno. Mas o sentimentalismo, como todo bom filho, voltou. Rogo para ele que ao menos tenha repensado alguns valores.
Espero que tenha repensado nas crises de carência. Nos dias em que você bebe para esquecer, e à medida que os goles descem, redondos ou não, o nível de sentimentalismo sobe. Você se afunda, ele emerge. Peço que tenha repensado também a falta de sono. Sobre as noites mal dormidas na expectativa do que já passou. E por favor, que alivie a instantânea dor de estômago dos portadores de gastrite nervosa. Vomitar não tem graça nenhuma. Nunca teve. Mesmo.
Se eu peço, estou disposto a fazer concessões. Proponho realmente uma convivência pacífica. Permito ficar de olhos marejados assistindo programas de TV. Não vou nem ligar se ficar emotivo após me identificar com a letra cantada pela Britney Spears. Irei me convencer que “Bombastic Love” é uma canção universal. Como estamos em uma negociação madura, me dou aval para ser fofo com os outros. Inclusive responderei SMS's com certo carinho no conteúdo.
O fato minha gente, é que ele está aqui. E provavelmente entraremos em um bom acordo, para ambas a partes. Acho que até o Celso Russomano concordaria em fechar a matéria. Se o sentimentalismo outrora me sondava para minha auto-sabotagem, acho que dessa vez mudou. Não sei ao certo, se foi ele ou se fui eu.
Digo para ele então, que seja bem vindo. Que se acomode nos cantos vagos, mas que não seja espaçoso. E que também, às vezes, ele ainda pode tirar férias. Por curtos períodos. Mas que exerça o seu papel mais importante. Sim, porque há um papel a ser desenvolvido.
O de me inspirar, e a você leitor também, mais alegria na vida. Mais esperança para quem já foi machucado (todos nós). Que prove então, que aquele caso considerado perdido nos últimos meses tenha sido apenas um equívoco. Que o problema tenha sido apenas comunicação. Espero, sobretudo que ele me permita o ceticismo, para não ser um bobo apaixonado. Mas que esse ceticismo não me faça esquecer de que em alguns casos, e repito, em apenas alguns, o sentimento possa falar mais alto. Para clarear as mentes dos dois envolvidos nessa história. Porque às vezes tudo termina bem.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
3 comments:
o loko!!! Q aconteceu bobanha?
Mto bom..finalmente vai deixar essas casca q vc tem um poco mais fina!!! Quero soh ver se vai mandar mensagens melhores ou soh os famosos "ok"!!!!
Sentimentalismo barato não vende mais livro...
Se fosse um romance talvez...
Não percebi essa sua mudança... mas sei lá... vc não deve ter mudado comigo... tá tudo na mesmo! =)
Beijos Rafa
menino
quanta mágoa!!
PS. no texto e nos comentários
Post a Comment