Eu queria ser boazinha, priorizar as qualidades e não os defeitos das pessoas, não ter uma língua viperina nem reclamar o quanto eu reclamo. Queria mesmo.
Os erros de português das pessoas não me incomodariam mais nem as barbeiragens dos motoristas tresloucados das ruas dessa cidade. Eu não teria chiliques demorados ao tentar encontrar uma musica decente nas rádios e como não iria encontrar, suspiraria conformada em passar mais 3 minutos ouvindo Charlie Brown Jr ou um reggae picareta qualquer.
Eu não ligaria para balada intransitável nem para loser com xaveco furado, teria sempre um sorriso no rosto mesmo com o calor derretendo minha maquiagem. Crianças ensandecidas fazendo fuzarca em shopping receberiam um afago sincero vindo de Silvia Maria.
Eu não ligaria pras grandes bobagens esotéricas que o povo fala nem pros fritos de rave gritando “good vibes”, iria inclusive retribuir as energias positivas (sabe-se lá como). Deixaria de fazer piada com a desgraça alheia e repensaria antes de fazer comentários sarcásticos.
Gostaria muito de ser daquelas pessoas que acham que “esta tudo bom”, “qualquer coisa serve” ou “vai esse mesmo”. Mas gente: Quem não chora, não mama, cantavam nossos antepassados nas matines de carnaval. Pensem bem!
Então, depois do êxito em todas essas tarefas, eu conseguiria emprego na Copag no cargo de Dois de Paus e você não teria mais este blog para ler.
Tuesday, November 14, 2006
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1 comment:
Eu gostaria de me incomodar menos com a falta de nível cultural e com os valores rasos da classe média do esquema carnafacul/academia/balada/vodka-com-energético/eleitores do PSDB...
Mas de discutir com esotéricos que acreditam em vidente, signo e raio cósmico eu não abro mão!
"False prophets and deceivers shall swing from the trees"
Indeed.
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