Wednesday, July 18, 2007

Ensaio para a volta anunciada

A fonte secou. Carolina, nosso barco partiu. E agora, Doralice, como é que nós vamos fazer? "Nós", não. Eu. Como é que eu vou fazer sem conseguir escrever uma puta de uma linha do jeito que eu gostaria? Não tô pedindo pra escrever como o Mário Prata nem nada. É um jeito que eu não sei explicar.

Talvez vocês saibam. Eu quero ser engraçada sem ser depreciativa, quero falar um monte de coisas da minha vida sem me expôr, ser original sem ser esquisita. Não estou querendo confete, não, pessoal. Nem é carnaval, não se preocupem. Invariavelmente essa escassez de idéias vai passar. Não sei como vai ser daqui pra frente, não tenho como garantir nada.

Meu encosto foi embora sem nem cumprir aviso prévio, que diria? Não tô reclamando, ele estava longe de ser um funcionário exemplar, mas eu tinha que ter sido avisada, né! Me deixou aqui sem rumo, parada tentando pedir informação em rua deserta.

Tem aquela em que o Ed Vedder fala que mudou de tanto não mudar. Já John e Macca disseram que viver é fácil com os olhos fechados e isso é triste. Mas não era eu, era meu encosto que tapava os olhos, misunderstanding tudo o que eu via. E isso é triste.Tão triste que não queria estar escrevendo aqui, até porque não sou nem estou triste.Acordei meio assim. You got to roll me and call me the tumbling dice.

2 comments:

Anonymous said...

Estrelice isso, óbvio.

Vitor L. Richner said...

É, dúvidas letradas.
Calma, a puta da linha aparece. Sempre aparece.